O BLOG DE FÍSICA 4

sábado, 24 de outubro de 2009

Teletransporte

O teletransporte é um tipo de viagem no qual pode-se ir de um lugar a outro de forma instantânea sem a necessidade de se percorrer uma distância física. O teletransporte baseia-se na desmaterialização de um objeto em um ponto e o envio das suas configurações atômicas para uma outra localidade onde este objeto será reconstruído.

Experiências realizadas com fótons comprovam que o teletransporte quântico realmente é possível, porém, a partícula teletransportada há que ser destruída. A primeira dessas experiências foi realizada em 1998 pelo Grupo Caltech onde os físicos e cientistas envolvidos conseguiram ler a estrutura atômica do fóton e enviar esta informação pela extensão de um metro de um cabo coaxial para criar um réplica deste fóton.

De acordo com o princípio da incerteza de Heinsenberg não pode-se saber, simultaneamente, o local e a velocidade de uma partícula, então como teletransportá-la? Para não violar o princípio de Heinsenberg, os responsáveis pela experiência valeram-se de um fenômeno denominado entrelaçamento. Para isso, há necessidade de pelo menos três fótons para realizar o teletransporte quântico: um fóton para ser teletransportado, outro usado como transporte e um terceiro fóton entrelaçado ao fóton de transporte.

O entrelaçamento destes dois últimos fótons permite que se extraia informações do fóton a ser teletransportado. Sem o entrelaçamento o fóton a ser teletransportado poderia sofrer uma colisão e, então, ser modificado. A informação extraída é repassada ao fóton de transporte e,por meio do entrelaçamento, ao fóton entrelaçado a este. Isso permite a criação de uma réplica exata do fóton a ser teletransportado, no entanto, este fóton “original” deixa de existir.

Essa é uma idéia que ainda não agrada muito mas pode ajudar muito no campo da informação quântica. É uma tecnologia que se usada na criação de computadores quânticos fará com que as taxas de transmissão de dados sejam enormes.

No caso do teletransporte de pessoas pode ser que não seja mesmo possível. O teletransporte deveria ser feito na velocidade da luz. A máquina utilizada para isso deverá ser capaz de identificar e analisar os mais de um trilhão de átomos que existem no corpo humano e enviar esta informação para o lugar a ser teletransportado. A reconstrução do corpo deve ser muito precisa pois uma molécula fora do lugar poderá resultar em graves defeitos neurológicos ou fisiológicos na pessoa teletransportada.

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