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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O Universo e suas dimensões

Euclides, na Grécia antiga, já havia sacado que são 3 as direções possíveis para qualquer movimento: para cima (ou para baixo), para a esquerda (ou para a direita) e para a frente (ou para trás). Portanto, até então, o Universo possuía três dimensões.
Em 1905, Einstein descobriu que espaço e tempo não eram fixos e imutáveis. Pelo contrário, eles eram flexíveis e manipuláveis, sendo que sob certas condições, seria possível encolher o tamanho de um centímetro ou esticar a duração de um segundo. E, ainda: a modificação sobre um estava atrelada à transformação do outro. Ou seja: o tempo era, do ponto de vista físico, indistinguível do espaço. Então, passou-se a ter um continuum espaço-tempo com 4 dimensões.
Em 1915, novas descobertas através do desenvolvimento da Teoria da Relatividade, e Einstein passou a defender que a gravidade era uma distorção na geometria das 4 dimensões. Einstein não insistiu nesta descoberta, no entanto, em meados da década de vinte, Theodor Kaluza e Oskar Klein perceberam que, se a relatividade geral fosse reescrita para acomodar 5 dimensões, em vez de 4, as equações do eletromagnetismo brotavam naturalmente dela. Apesar de enxergarmos apenas 4 dimensões, Klein supôs que esta quinta dimensão estaria enrolada em si mesma, como um tubinho minúsculo.
Anos mais tarde surgiu a Teoria das Supercordas – a noção de que as partículas que compõem o Universo poderiam ter a forma de cordas vibrantes (com cada vibração dando as características da partícula). Os físicos desconfiam que, a partir dessa premissa, seria possível descrever todos os componentes da natureza numa única teoria – mas só se o Cosmos possuísse nada menos que 26 dimensões.
Atualmente, acredita-se que existam entre 10 e 11 dimensões. Se a Teoria das Supercordas estiver certa, o Universo deve estar cheio de dimensões enroladas e, portanto, invisíveis.

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